terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Paladar – A influência de nossos 5 sentidos em nossos sintomas



                O paladar é pra os bebês uma das primeiras fontes de contato e reconhecimento do ambiente, é levando objetos à boca que a criança reconhece os objetos e o ambiente onde vive. É também através do paladar que o bebê sente o primeiro prazer, que é o leite vindo da mãe, e muitas vezes a criança que é impossibilitada de sugar e ter este contato com o seio da mãe acaba levando esta necessidade de levar algo à boca por mais tempo. 

            Através do paladar é que sentimos os gostos da vida, os sabores dos alimentos e bebidas que ingerimos. Entretanto, quando passamos por situações de estresse enquanto ingerimos determinados alimentos, nosso subconsciente tende a gravar aquele sabor como parte integrante daquele estresse, e por isto muitas vezes as pessoas acabam desencadeando sintomas ao comer ou beber novamente algo, ou mesmo tendo uma aversão a determinados alimentos.

            Algo comum que vem acontecendo é a intolerância a lactose, que pode desencadear diarreias, estufamento, dores abdominais, gases, ou até mesmo vômitos para algumas crianças. Pude observar isto em vários pacientes, sendo desencadeado por vários fatores, mas geralmente relacionados a um fator de estresse enquanto tomavam leite ou derivados, como em casos onde a mãe não teve leite para dar ao recém nascido, ele tendo que tomar substâncias industrializadas  ou outros leites que o intestino não estava preparado para degradar, crianças que são amamentadas com a mãe em estado de depressão pós parto,chorando ou em estado de raiva, crianças abandonadas, crianças forçadas a se alimentar contra a vontade ou mesmo adolescentes e adultos que presenciam ou passam por situações de brigas enquanto tomam leite ou comem derivados. São diferentes fatores, dependendo do modo como cada pessoa vivencia a situação de estresse.

            Há também aquelas pessoas com alergia a camarão, a menta ou qualquer outro alimento. Elas geralmente têm esta alergia formada, por uma situação de estresse, frustração ou separação vivida e relacionada ao alimento. Há pessoas que desenvolvem alergias como, por exemplo: quando iam à casa da avó, ela sempre recebia com pão de queijo, bolinho de chuva, e quando a avó falece, o fato de comer novamente aquelas substâncias faz lembrar no subconsciente as situações vividas com a avó, e por consequência a sua perda, gerando assim uma possível alergia.

            Já atendi alguns pacientes que apresentavam até mesmo repugnância com relação a alguns alimentos, que não podem sequer colocar na boca, que ânsia ou até mesmo o vômito é desencadeado. Isto é um gatilho de proteção do organismo através de uma releitura da situação de estresse. 

            O nosso subconsciente permanece constantemente em um estado de proteção para nós, como forma de evitar que soframos novamente. E por isto, quando ele sente que algo, em algum momento, estava relacionado a um perigo, ele tenta das melhores formas evitar o perigo, ou através da alergia, fechando a glote (garganta) para impedir que comamos mais aquele alimento, ou desencadeando vômito ou diarreia para eliminar o quanto antes o alimento, para que ele não seja absorvido pelo organismo e cause danos.

            Enquanto nosso organismo permanece tendo determinado alimento como um perigo, ele permanecera desencadeando reações de proteção, mas a partir do momento que encontramos a relação causal da alergia, da intolerância ou do mal estar, podemos corrigir a alteração e promover o bem estar à pessoa, possibilitando até mesmo que ela volte a se alimentar do que a fazia mal.



Dr. Ivan Bonaldo 
Crefito 8/99696 - F